domingo, 13 de outubro de 2013

A NBA no Brasil. Sonho de criança







NBA no Brasil. Desde que o melhor basquete do mundo chegou as telas brasileiras na década de 80, pouca gente acreditava naquela época que a maior liga do mundo pudesse chegar (como chegou com força) ao território brasileiro.

Foi realmente espetacular. Esse relato é de um jornalista sim. Mas antes da profissão, um fanático pela NBA. Ver a liga chegar ao Rio de Janeiro e tudo funcionar perfeitamente é prazeroso demais.

Cheguei na Arena HSBC por volta das 15:00, depois de uma longa jornada de ônibus desde o Leblon. A andança foi longa, a Barra da Tijuca está cada vez mais expandida (trânsito sempre) e o primeiro objetivo foi cumprido com a credencial em mãos. Momento muito legal, pois os companheiros jornalistas Fábio Balassiano (UOL), Gustavo Faldon (Site ESPN), Murilo Borges (Bradesco Esportes FM) e Marcelo Belpíede (GE.net) também relatavam as peripécias para chegar a Arena e conseguir a tão sonhada credencial da NBA.

 

A organização dos caras é de primeiro nível, fornecem tudo que se espera para a realização do trabalho. Já fui em cinco jogos como torcedor e para o fã que pagou ingresso tudo na medida. Lojas com produtos oficiais dos times. Vários stands para alimentação com as tradicionais pizzas, dogs e tudo que o consumidor americano aprecia.

 No primeiro momento, fomos conduzidos a sala de imprensa para saber o posicionamento dentro da quadra. Feito nisso, um giro pela arena para conhecer as instalações e ter o primeiro contato com os jogadores já em processo de aquecimento. Momento tiete para algumas fotos e as primeiras imagens para a reportagem na TV Gazeta.

 

Depois disso, momento de ouvir os mitos do Chicago Bulls campeoníssimos na era Michael Jordan. Scottie Pippen, John Paxson, Randy Brown e Horace Grant ficaram a disposição da imprensa por quase 30 minutos, falando dos tempos áureos em Illinois, da convivência no time comandado por Phil Jackson e sobre a experiência no país.

Algumas questões abordaram também o atual momento da NBA, com o domínio do Miami Heat, as comparações entre Lebron James e Michael Jordan e a lesão que prejudicou a carreira de Derrick Rose.

Na saída, bati um papo breve com Horace Grant.  Felicitei pelos titulos da NBA (ganhou com o Lakers também e esse foi o real motivo do papo) e ganhei um aperto de mão, seguido de um "Thank you for your support". Como são ídolos, pedi uma foto a Pippen. Prontamente atendido.





Ok. Hora de cessar o momento tiete e trabalhar firme no evento. Depois de conversar com alguns colegas da ESPN, hora de posicionar para fazer imagens , escrever textos e gravar áudios para boletins de rádio. Uma notícia chamou a atenção naquele momento. Derrick Rose , principal astro do Bulls não iria atuar, preservado por novamente sentir dores no joelho operado. Como se não bastasse, Joakim Noah, pivô titular fora, com dores na virilha. Certamente isso diminuiu muito o ânimo dos torcedores que estavam na Arena ( maioria do Chicago)

Apresentação dos jogadores e o primeiro momento que ficaria marcado pro todo o evento. Parte da torcida vaiou Nenê Hilário. Fato que se repetiria muitas vezes na partida. Tudo pela ausência de Nenê em boa parte das convocações ao longo dos anos, além da última que culminou com a eliminação da Copa América.

Times em quadra e aí começa o show dos mascotes. O touro Benny (Bulls) e o mascote do Wizards denominado G-WIZ aprontam poucas e boas antes, durante , nos intervalos , até o apito final. O "showtime" é essencial nesses eventos de entretenimento.

Mas o assunto é basquete e o jogo em si não foi lá essas coisas. Talvez por ser de pré temporada. Talvez pela ausência de Rose e Noah. A ponto da torcida gritar "Roseêê, Roseêe em momentos do confronto.
 Afinal pagaram ( e caro) para ver um dos astros da nova geração (MVP em 2011)

A cada parada, o show com mascotes, cheerleaders, interação com público. Aquilo tudo que acontece no melhor basquete do mundo. Até que entrou em cena Oscar Schmidt. Anunciado pelo locutor da Arena, Oscar foi ovacionado. Bem diferente do que aconteceu com Leandrinho Barbosa e o cantor Naldo quando aparecerão no telão.



Voltando ao "Mão Santa", não teve jeito. Entrevista coletiva na beira da quadra e toda imprensa se mobilizou para ouvir a opinião sobre as vaias a Nenê e Leandrinho.

Oscar foi duro nas palavras. “Não quero ver o Nenê perto de mim. O povo entende tudo, não precisa falar nada".  Depois em entrevista no intervalo, próximo a sala de imprensa foi indagado se achava justo os brasileiros vaiarem para todo mundo ouvir. Taxativo disse que é inadmissível não jogarem pela Seleção e terem a cara de pau de aparecem em um evento de pré temporada. "Iriam ser vaiados mesmo e aplaudo a decisão do público, afirmou Oscar.



No final do jogo, Nenê esteve presente na coletiva tão aguardada, e claro,  foi indagado sobre as críticas de Oscar e as vaias. Disse que não deve nada a ninguém e que confia em Deus.

Leandrinho também rebateu em nota oficial, dizendo que não pediu dispensa da Seleção e que só ficou fora por estar lesionado

Acho que houve um certo exagero de Oscar nas críticas. O momento era de um jogo da NBA, com um jogador brasileiro  Mas o povo brasileiro realmente sente falta dos ídolos na Seleção.

Enfim, voltando ao jogo. O Wizards ficou praticamente o tempo todo atrás do Bulls no placar. No final reagiu , até conseguiu virar , mas o Chicago acabou vencendo por 83 a 81.

Os 13.635 torcedores (público anunciado),  aplaudiram muito os jogadores que proporcionaram a primeira partida de NBA jogada no Brasil

Uma experiência incrível. Estar no evento desse porte é legal demais.

O dia 12 de Outubro de 2013, transformou esse jornalista/radialista novamente em criança.
Curiosamente, no dia delas.